Eu estava correndo e de repente um estranho trombou em mim:
– Oh, me desculpe “por favor”, foi a minha reação.
E ele disse:
– Ah, desculpe-me também, eu simplesmente nem te vi!
Nós fomos muito educados um com o outro, aquele estranho e
eu. Então, nos despedimos e cada um foi para o seu lado. Mais tarde naquele
dia, eu estava fazendo o jantar e meu filho parou do meu lado tão em silêncio
que eu nem percebi. Quando eu me virei, tomei o maior susto e lhe dei uma
bronca.
– Saia do meu caminho filho!
E eu disse aquilo com certa braveza. E ele foi embora,
certamente com seu pequeno coração partido. Eu nem imaginava como havia sido
rude com ele.
Quando eu fui me deitar, eu podia ouvir a voz calma e doce
de Deus me dizendo:
– Quando falava com um estranho, quanta cortesia você usou!
Mas com seu filho, a criança que você ama, você nem sequer se preocupou com
isso! Olhe no chão da cozinha, você verá algumas flores perto da porta. São flores
que ele trouxe para você. Ele mesmo as pegou. A cor-de-rosa, a amarela e a
azul. Ele ficou quietinho para não estragar a surpresa e você nem viu as
lágrimas nos olhos dele.
Nesse momento, eu me senti muito pequena. E agora, o meu
coração era quem derramava lágrimas. Então eu fui até a cama dele e ajoelhei ao
seu lado.
– Acorde filhinho, acorde. Estas são as flores que você
pegou para mim?
Ele sorriu.
– Eu as encontrei embaixo da árvore. Eu as peguei porque as
achei tão bonitas como você! Eu sabia que você iria gostar, especialmente da
azul.
Eu disse:
– Filho, eu sinto muito pela maneira como agi hoje. Eu não
devia ter gritado com você daquela maneira.
– Ah mamãe, não tem problema, eu te amo mesmo assim!
– Eu também te amo. E eu adorei as flores, especialmente a
azul.
Você já parou pra pensar que, se morrermos amanhã, a empresa
para qual trabalhamos poderá facilmente nos substituir em uma questão de dias.
Mas as pessoas que nos amam, a família que deixamos para trás, os nossos
filhos, sentirão essa perda para o resto de suas vidas. E nós raramente paramos
para pensar nisso.
Às vezes colocamos nosso esforço em coisas muito menos
importantes que nossa família, que as pessoas que nos amam, e não nos damos
conta do que realmente estamos perdendo.
Perdemos o tempo de sermos carinhosos, de dizer um “eu te
amo”, de dizer um “obrigado”, de dar um sorriso, ou de dizer o quanto cada
pessoa é importante para nós.
Ao invés disso, muitas vezes agimos rudemente, e não
percebemos o quanto isso machuca os nossos entes queridos.
A família é o nosso maior bem!
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