O Brasil entrou
em uma lista de 9 lugares no mundo considerados Long Run Destinations. A
certificação (chamada Global Ecosphere Retreat) é dada pela Zeitz Foundation a
partir de critérios que devem respeitar o conceito de sustentabilidade dos 4
“Cs”: conservação, comunidade, cultura e comércio. O título foi conquistado
pelo Refúgio Ecológico Caiman, no Mato Grosso do Sul.
Daí mais motivos para curtir o Pantanal Mato Grossense deste Brasilzão de meu Deus:
Curtir as fazendas
As fazendas abrem as porteiras para mostrar um incrível zoo a céu aberto. Sem contar que, a partir desta região, é possível também explorar os rios cristalinos de Bonito,os cânions e cachoeiras da Chapada dos Guimarães...
Tuiuiu
A hora de ir para lá é quando as águas baixam (de maio a outubro) e o Pantanal se transforma num imenso zoológico a céu aberto, que ocupa boa parte dos Estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, estendendo-se, ainda, para o Paraguai e a Bolívia. Se você nunca foi, confira dez excelentes razões capazes de, finalmente, convencê-lo a ir até lá. Pois o Pantanal é o bicho. A melhor época para ver os bichos do Pantanal é no período de seca, entre junho e novembro. Nesse período, os animais se concentram nas poucas lagunas que resistem à falta de chuvas – e as aves juntam-se a eles para aproveitar a abundância de peixes encurralados nessas águas. Já nos meses de chuva e cheia dos rios, de dezembro a maio, o Pantanal transforma-se num pântano semialagado. A maioria dos caminhos fica submersa, o que dificulta a locomoção por terra – e fica bem mais difícil encontrar os animais.
Percorrer a Transpantaneira
Rodovia Transpantaneira, no Mato Grosso, que de rodovia só tem o nome. É um estradão de terra construído sobre aterros, para barrar a água das cheias e ser transitável o ano inteiro. Liga Poconé, que fica a 100 km de Cuiabá, por asfalto, a Porto Jofre, na divisa com o Mato Grosso do Sul, mas sem alternativa para seguir em frente. Quem vai tem de voltar por ela mesma. O que é ótimo, pois os 127 km de trajeto são um show, cheio de jacarés, capivaras e aves à beira da pista.
Cavalgar e acompanhar comitivas
O cavalo é o “meio de transporte” oficial do Pantanal, o único capaz de atravessar matas, charcos e alagados. Por isso, quase todas as fazendas oferecem cavalgadas. Para quem gosta de galopar, não há lugar melhor. Os campos são planos e vastos e os cavalos, bem treinados e acostumados a carregar turistas inexperientes.
Pescar
De Chalana(embarcação típica da região), mesmo quem nunca pescou pode fisgar peixes de muitos quilos. Mas é preciso seguir as regras de preservação, como o limite de pescado que pode ser trazido e o respeito ao período de desova, de novembro a fevereiro, época da piracema, quando os cardumes sobem os rios para desovar. Por lá existe peixe de até 100 quilos.
Encantar-se com Bonito
Bonito, uma das capitais brasileiras do ecoturismo, fica ao lado do Pantanal sul-mato-grossense, de forma que é possível juntar, sem grandes dificuldades, os dois destinos numa mesma viagem.
Explorar a Chapada dos Guimarães
Quem vai conhecer o Pantanal Norte tem a opção de esticar até a Chapada dos Guimarães, a 70 km de Cuiabá, e assim unir as duas mais belas paisagens do Mato Grosso.
A boa comida Pantaneira
A rica culinária pantaneira serve-se de ingredientes conhecidos, mas com nomes que você provavelmente nunca ouviu falar. É o caso do caribéu, que nada mais é do que um ensopado de carne-seca com mandioca. Quebra-torto é como os peões chamam o café da manhã, à base de arroz de carreteiro (com carne-seca), para dar “sustança” na lida diária no campo. A sopa paraguaia, que na realidade é uma torta de queijo com milho. Chipa é tão somente o pão de queijo, e a saltenha, um pastel de trigo com recheio de galinha. Já a mojica é um ensopado à base de pintado (peixe) e mandioca. Mas o ponto forte da gastronomia pantaneira são os peixes, com eles, caldo de piranha, costela de pacu , carne de jacaré ( gosto de peixe e consistência de frango), dentre outros peixes nobres.
O birdwatching
Os pássaros dão um show no Pantanal. É o canto deles que destranca os portões do amanhecer, como escreveu o poeta Manoel de Barros. Araras, pica-paus, carcarás, tuiuiús, garças, colhereiros e outras 670 espécies estão em toda parte. É fácil vê-los ao longo do ano, mas, para os praticantes de birdwatching – a observação de aves –, o melhor período é na época da cheia dos rios, de outubro a fevereiro, quando a água da chuva traz os peixes, o grande banquete dos pássaros.
Embarcar no Trem do Pantanal
Sai de Campo Grande apenas aos sábados e feriados, às 7h30 com a Pantanal Express.
A viagem de 220 km tem ritmo lento a 27 km/h , para que os passageiros possam admirar a paisagem. num trajeto que dura nove horas, descontando o pit stop em Aquidauana para o almoço e outras duas paradas, em Piraputanga e Taunay, para a compra de artesanato indígena.
As Long Run Destination no
mundo.
Confira os outros 8 lugares no mundo que já receberam a certificação e são considerados Long
Run Destinations:
Lapa Rios e Monte Azul, na Costa Rica;
Wolwedans, na Namíbia;
Chumbe, na Tanzânia;
Segera, no Quênia;
Nihiwatu Resort, na Indonésia;
Tahi, na Nova Zelândia;
Wanas, na Suécia.
Wolwedans, na Namíbia;
Chumbe, na Tanzânia;
Segera, no Quênia;
Nihiwatu Resort, na Indonésia;
Tahi, na Nova Zelândia;
Wanas, na Suécia.
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