A Solenidade de Lançamento das comemorações do Centenário de
nascimento de Hervé Cordovil, presidida pelo Prefeito de Viçosa, Celito
Francisco Sari, será realizada hoje, segunda-feira, 03 de fevereiro, às
20h, no auditório da Estação Cultura Hervé Cordovil (antiga estação ferroviária
central da cidade), na Praça Marechal Deodoro, centro.
Compositor, maestro e pianista, interpretado por grandes nomes de música
brasileira Hervé Cordovil Pinto Coelho nasceu em Viçosa a 03 de fevereiro de
1914 e faleceu em São Paulo em 16 de julho de 1979. Bem jovem,
foi para o Rio de Janeiro, onde começou a tocar na banda do Colégio Militar e a
estudar piano. Formou-se em Direito e ao mesmo tempo começou a chamar atenção
como pianista, na Rádio Sociedade do Rio de Janeiro e na orquestra de Romeu
Silva. Na época, era o pianista mais solicitado da Cidade Maravilhosa.
Dele, o
jornalista produtor musical e crítico Rodrigo Faour teceu o seguinte comentário
crítico:
Hervé Cordovil é desses monstros
sagrados esquecidos da MPB. Diversas de suas músicas são inesquecíveis.
Daquelas que se escuta uma vez e nunca mais se esquece. Nesse programa Ensaio,
da TV Cultura (SP), que agora virou CD, o próprio Hervê canta e conta aspectos
curiosos de sua bela carreira e dos ícones da MPB que cruzaram seu caminho,
como Carlos Galhardo (que estreou cantando uma canção sua, Carolina), Carmen
Miranda ("Foi a primeira cantora a aparecer com um jeito diferente"),
Francisco Alves (de quem foi pianista e com quem, a certa altura, brigou),
Aracy de Almeida, Silvio Caldas, Isaura Garcia, Lamartine Babo (de quem Hervê
foi parceiro e a quem considerava "superinteligente, lírico, humorista, de
uma musicalidade impressionante"), Noel Rosa e a Rainha do Baião, Carmélia
Alves - a quem ele se diz agradecido por ter lançado e cantado, no correr de
sua carreira, tantas de suas músicas. Quais? Me Leva, Sabiá Lá na Gaiola, Pé de
Manacá, Esta Noite Serenou, Baião da Garoa (recentemente regravada por Gil
& Milton), Cabeça Inchada (que já foi gravada até em chinês e turco) e
tantas outras. O compositor relembra ainda outras de suas canções, como a
graciosa Inconstitucionalissimamente, lançada por La Miranda e o delicioso
samba-canção Uma Loira, lançado por Dick Farney. "Essa música quase deu
galho. Imagina um cara casado como eu fazer uma música, dizendo: 'Todos nós
temos na vida, um caso, uma loira, pois eu tive também'", diverte-se
Hervé. Ele conta ainda como foi parar na Banda do Colégio Militar, do Rio, onde
começou a tocar dobrados e depois jazz, como foi a evolução de seu sucesso e
fala sobre o processo que recebeu por ter supostamente plagiado um fox
americano. Na verdade, sua composição Samba havia sido feita três anos antes do
tal fox. Mesmo assim, desfeito o malentendido, apenas enviou uma carta
explicando por que não processaria o compositor americano: "Aqui no Brasil
fazemos dez canções dessas por dia. Pode ficar com a sua música!". Hervé
também explica que a polícia (censura) de sua época freava muito sua
criatividade e, numa de suas músicas, ao invés de "o gostoso da
Zizica", tinha que escrever "o querido da Zizica". E pensar que
hoje o funk/rap carioca pode falar de descer o popozão e martelar o martelão... Outros tempos... Hervé tem um
repertório de prosas e canções tão vasto que nem deu tempo de ele cantar seu
antológico rock Rua Augusta, que celebrizou seu filho Ronnie Cord. "
Convite
Aos profissionais de imprensa e diretores de jornais,
rádios, TVs e mídia eletrônica.
A
Secretaria Municipal de Cultura, Patrimônio Histórico e Esportes da Prefeitura
de Viçosa tem a grata satisfação de convidar Vossa Senhoria para a solenidade
de lançamento das comemorações do Centenário do compositor, pianista e maestro
Hervé Cordovil, viçosense de expressivo nome na Música Popular Brasileira.
Filho do
médico Cordovil Pinto Coelho e de Maria de Lucca Pinto Coelho, nasceu em Viçosa
no dia 3 de fevereiro de 1914. Entre seus grandes sucessos destacam-se Meu Pé
de Manacá, composto com a prima Marisa Pinto Coelho em 1950; Vida do Viajante,
em parceria com Luiz Gonzaga; Sabiá lá na Gaiola, com Mario Vieira; as versões
Biquini de Bolinha Amarelinha e Rua Augusta, entre outras. Faleceu em São
Paulo, 16 de julho de 1979.
Informamos
ainda que, em respeito aos convidados presentes, a solenidade terá início
pontualmente às 20 horas. Contando
com sua honrosa presença, reiteramos votos de estima e consideração.
Atenciosamente,
Antônio Luiz Miranda
Secretário Municipal de Cultura, Patrimônio Histórico e
Esportes
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