O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve na
mama como consequência de alterações genéticas em algum conjunto de células da
mama, que passam a se dividir descontroladamente. Ocorre o crescimento anormal
das células mamárias, tanto do ducto mamário quanto dos glóbulos mamários. O
câncer da mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo,
sendo 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano, de
acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A proporção de câncer de mama
em homens e mulheres é de 1:100 - ou seja, para cada 100 mulheres com câncer de
mama, um homem terá a doença.
Os principais fatores de risco para o câncer de mama são:
- Histórico familiar
Os critérios para identificar o risco genético que uma
mulher tem de sofrer um câncer de mama são:
- Dois ou mais parentes de primeiro grau com câncer de mama
- Um parente de primeiro grau e dois ou mais parentes de
segundo ou terceiro grau com a doença
- Dois parentes de primeiro grau com câncer de mama, sendo
que um teve a doença antes de 45 anos
- Um parente de primeiro grau com câncer de mama bilateral
- Um parente de primeiro grau com câncer de mama e um ou
mais parentes com câncer de ovário
- Um parente de segundo ou terceiro grau com câncer de mama
e dois ou mais com câncer de ovário
- Três ou mais parentes de segundo ou terceiro grau com
câncer de mama
- E dois parentes de segundo ou terceiro grau com câncer de
mama e um ou mais com câncer de ovário.
- Idade
As mulheres entre 40 e 69 anos são as principais vítimas de
câncer de mama. Isso porque a exposição ao hormônio estrógeno está no auge com
a chegada dessa idade. A partir dos 50 anos, particularmente, os riscos entram
em uma curva ascendente.
- Menstruação precoce
A relação entre menstruação e câncer de mama está no fato de
que é no início desse período que o corpo da mulher passa a produzir
quantidades maiores do hormônio estrógeno. Esse hormônio em quantidades
alteradas facilita a proliferação desordenada de células mamárias, resultando
em um tumor. Quanto mais intensa e duradoura é a ação do hormônio nas células
mamárias, maior é a probabilidade de um tumor. Se a primeira menstruação ocorre
por volta dos 9 ou 10 anos de idade, é porque os ovários intensificaram a
produção do hormônio cedo e, assim, o organismo ficará exposto ao estrógeno por
mais tempo no decorrer da vida.
- Menopausa tardia
A lógica nesse caso é a mesma do caso acima - enquanto a
menstruação não cessa, os ovários continuam a produzir o estrógeno, deixando as
glândulas mamárias mais expostas ao crescimento celular desordenado.
- Reposição hormonal
Muitas mulheres procuram a reposição hormonal para diminuir
os sintomas da menopausa. Mas essa reposição - principalmente de esteroides,
como estrógeno e progesterona - pode aumentar as chances de câncer de mama. Na
menopausa, os tecidos ficam ainda mais sensíveis à ação do estrógeno, já que os
níveis desse hormônio estão baixos devido à ausência de sua produção pelo
ovário. Como alternativa à reposição hormonal, é indicada a prática de
exercícios físicos e uma dieta balanceada.
- Colesterol AltoColesterol alto
O colesterol é a gordura que serve de matéria prima para a
fabricação do estrógeno. Dessa forma, mulheres que altos níveis de colesterol
tendem a produzir esse hormônio em maior quantidade, aumentando o risco de
câncer de mama.
- Obesidade
O excesso de peso é um fator de risco para o câncer de mama
principalmente após a menopausa. Isso porque a partir dessa idade o tecido
gorduroso passa a atuar como uma nova fábrica de hormônios. Sob a ação de
enzimas, a gordura armazenada nas mamas, por exemplo, é convertida em
estrógeno. O alerta é mais sério para aquelas que apresentam um índice de massa
corporal (IMC) igual ou superior a 30. A redução de apenas 5% do peso já
cortaria quase pela metade os riscos de desenvolver alguns dos principais tipos
de câncer de mama. A constatação é de pesquisadores do Centro de Prevenção Fred
Hutchinson (EUA), com base na avaliação de dados de 439 mulheres acima do peso
entre 50 e 75 anos de idade.
- Ausência de gravidez
Mulheres que nunca tiveram filhos têm mais chances de ter
câncer de mama devido a ausência de amamentação. Quando a mulher amamenta, ela
estimula as glândulas mamárias e diminui a quantidade de hormônios, como o
estrógeno, em sua corrente sanguínea.
- Lesões de risco
Já ter apresentado algum tipo de alteração na mama não
relacionada ao câncer de mama também pode aumentar as chances do surgimento de
tumores. Dessa forma, pequenos cistos ou calcificações encontrados na mama,
ainda que benignos, devem ser acompanhados com atenção.
- Tumor de mama anterior
Pacientes que já tiveram câncer de mama têm mais chances de
apresentar outro tumor - nesse caso, o câncer de mama é chamado de câncer
recidivo, ou um câncer de mama que sofreu uma recidiva.
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