Na cena final, a nova geração da dinastia Império posou para
uma foto, com João Lucas (Daniel Rocha) como novo ocupante do ‘trono’ de
imperador dos diamantes e líder do clã Mendonça e Albuquerque de Medeiros.
Zé Alfredo surgiu numa janela, em um canto do cenário da
foto. Afiou as pontas do bigode e depois fechou as cortinas. Um fantasma? O
Comendador forjou a própria morte pela segunda vez? Foi uma última pegadinha do
autor Aguinaldo Silva, para provocar o público e os jornalistas que passaram
meses escrevendo sobre a trama.
A sequência na qual Cristina (Leandra Leal) chora sobre o
corpo do pai, logo após ele ser baleado, teve como trilha os versos “Deixe-me
ir / Preciso andar / Vou por aí a procurar / Rir pra não chorar”, da música
Preciso Me Encontrar, do sambista Cartola.
As viúvas Maria Marta (Lilia Cabral) e Maria Isis (Marina
Ruy Barbosa), e as filhas Cristina e Maria Clara (Andreia Horta) jogaram as
cinzas do Comendador do alto do Monte Roraima, onde a trama começou.
Em cena de flashback, Zé Alfredo apareceu no lugar, dizendo
“nasci no dia em que coloquei meus pés aqui”. Após viajar escondido para o
monte, João Lucas achou no chão da caverna a masbaha (amuleto religioso) do
Comendador.
Durante a exibição do capítulo, a hashtag #ImperioFinal
chegou a liderar os Trending Topics do Twitter. De acordo com dados prévios do
Ibope, Império registrou 44 pontos de média. O mesmo índice conquistado na
quinta-feira.
A censura da Globo contra palavrões foi ignorada. Após
atirar em Maurílio (Carmo Dalla Vecchia), Zé Alfredo o encarou furioso: “Morre,
‘feladaputa’. Diz quem é o merda agora, diz”.
Entre os principais desfechos, Isis ficou sozinha, mas rica.
Em seu testamento, Zé Alfredo tornou sua ‘sweet child’ sócia da joalheira
Império.
O crossdresser Xana (Aílton Graça) e a manicure Naná
(Viviane Araújo), que formaram o casal romântico mais apoiado pelo público,
ganharam final liberal, dividindo a casa (e a cama?) com o maitre Antonio
(Lucci Ferreira). A família moderna se completou com a adoção do garoto Luciano
(Yago Machado).
Enrico (Joaquim Lopez), o chef de cozinha preconceituoso,
ganhou a redenção: voltou da Itália casado como uma ítalo-brasileira negra.
Reconhecido por sua pintura e com a esquizofrenia sob
controle, Salvador (Paulo Vilhena) foi para Paris com Helena (Julia Fajardo) e
Orville (Paulo Rocha), que também ganhou a oportunidade de exibir sua arte.
O autor Aguinaldo Silva, que sem falsa modéstia postou
muitos autoelogios no Twitter ao longo da trama, fez participação especial no
lançamento do livro ‘O Inesquecível Homem de Preto’, escrito por Téo Pereira.
“Para um homem alto com cútis de pêssego”, autografou o blogueiro no exemplar
entregue ao novelista.
Império será lembrada pelo número de mortes. Entre
personagens dos núcleos principais e coadjuvantes, foram mais de dez em oito
meses no ar.
Entre as vítimas, Evaldo (Thiago Martins) e Sebastião
(Reginaldo Faria) na primeira fase; e Eliane (Malu Galli) no período seguinte.
Morreram também Fernando (Erom Cordeiro), Jairo (Julio
Machado), Jurema (Elizângela), Reginaldo (Flávio Galvão), Cora (Marjorie
Estiano), Maurílio (Carmo Dalla Vecchia) e Silviano (Othon Bastos), além de
outros.
Apesar de ser uma novela moderna, transcorrida no tempo
atual, Império teve aura de saga, como nos antigos folhetins de época.
Não faltaram nem as pitadas de surrealismo, típicas da
imaginação prolífera de Aguinaldo Silva, autor de sucessos cheios de fantasia
como Pedra Sobre Pedra (1992), Tieta (1989) e Roque Santeiro (1985).
Apesar de vários acontecimentos inverossímeis, que testaram a boa vontade do telespectador em embarcar no enredo, Império caiu no gosto popular e recuperou a audiência da faixa das 21h.
Texto e imagens retirados da dilvulgação na internet
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