Neste momento está ocorrendo um evento astronômico
relativamente raro. Começou por volta das 11 da manhã, no horário de Brasília
uma forte carga de partículas eletromagnéticas está atingindo a Terra, depois
de ter sido liberada pelaerupção solar mais forte que os cientistas registraram
desde 2005. Esta radiação intensa, além de tornar mais fortes as luzes das
auroras, irá prejudicar o funcionamento de satélites e outros equipamentos em
órbita.
Os astrônomos chamam eventos solares como esse de Massa de
Ejeção Coronal (CME, na sigla em inglês). Eles ocorrem quando alguma
perturbação magnética muito forte causa um feixe de explosões da superfície do
Sol, e o material liberado vai além da Coroa Solar (que seria algo como a
atmosfera de nosso astro), atingindo o que orbita em volta.
A região solar 1402, onde os cientistas da Nasa localizaram
a explosão, já vinha apresentando atividade acima do normal há algumas semanas.
Até que, às 13 horas de Brasília no último domingo, dia 22, a sonda não tripulada
“Observatório da Dinâmica Solar” (SDO, na sigla em inglês) detectou um grande
flash em ultravioleta da região em questão. Era o indicativo do fenômeno cuja
radiação chegará à Terra menos de 24 horas depois de emitida.
A atividade radioativa do Sol funciona em ciclos de altos e
baixos com onze anos de duração. Estamos nos aproximando do auge cíclico da
atividade solar, que deve alcançar o pico novamente no ano de 2013. Até lá, é
possível que eventos dessa magnitude se repitam..
Contribuição do colunista Jefferson Severino de Santa Catarina.
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