segunda-feira, 27 de junho de 2011

Dica Turística: Parintins


Se você quer conhecer um dos maiores festivais folclóricos do mundo, faça suas malas e embarque para Parintins, cuja cidade está localizada no interior do Amazonas, na margem direita do Rio Amazonas. Possui cerca de 50 mil habitantes, distante 370 quilômetros da capital Manaus. De avião, você faz essa distância em uma hora e meia. De barco, você leva 15 horas descendoo Rio Amazonas e subindo 27 horas, todavia, navegar pelo Rio Amazonas é fenomenal por conta da fauna, flora e a troca de experiência com os demais passageiros. Uma viagem realmente inédita.


A festa mesmo começa no Porto de Manaus. Centenas de barcos de todos os tamanhos partem a todo instante como se fossem verdadeiros trios elétricos. É contagiante. Nunca vi coisa igual. O povo é mais do que acolhedor e festeiro. Sem nenhum luxo, com redes estendidas em todos os lados e o som a todo volume a festa vai começando, fazendo o "esquenta" que chega em seu pico em Parintins, onde estarei em breve. Por enquanto vou curtindo o Amazonas, o rio, a selva, a comida, e fazendo o que ele mais gosta, conhecendo gente e fotografando demais. Confiram algumas imagens de tudo isso aqui neste link relatado pelo jornalista Jefferson Severino.



O Festival Folclórico de Parintins é uma festa popular realizada anualmente no final do mês de junho na cidade de Parintins, Amazonas. Ele é apresentado a céu aberto, onde competem duas agremiações, o Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul e se tornou um dos maiores divulgadores da cultura local. No ano de 2009, tivemos a oportunidade de apreciar de pertinho este evento fantástico em PARINTINS com o casal amigo Waldemar e Marly Montezano tendo como anfitriões a família do patriarca Jurandir Macêdo (Clique aqui para relembrar) que residem na bela capital  Manaus (AM), com um inesquecível tratamento vip naquela ocasião.



Entenda mais sobre esta  apresentação que ocorre no Bumbódromo, um tipo de estádio com o formato de uma cabeça de boi estilizada, com capacidade para 35 mil espectadores. Durante as três noites de apresentação, os dois bois exploram as temáticas regionais como lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos através de alegorias e encenações.


Música



A música, que acompanha durante todo o tempo, é a toada, acompanhada por um grupo de mais de 400 ritmistas. Os dois Bois dançam e cantam por um período de duas horas e meia, com ordem de entrada na arena alternada em cada dia. As letras das canções resgatam o passado de mitos e lendas da floresta amazônica. Muitas das toadas incluem também sons da floresta e canto de pássaros.

Ritual



O ritual dos Bumbás mostra a lenda de Pai Francisco e Mãe Catirina que conseguem, com a ajuda do Pajé, fazer renascer o boi do patrão. Conta a lenda que Mãe Catirina, grávida, deseja comer a língua do boi mais bonito da fazenda. Para satisfazer o desejo da mulher, Pai Francisco manda matar o boi de estimação do patrão. Pai Francisco é descoberto, tenta fugir, mas é preso. Para salvar o boi, um padre e um médico são chamados (o pajé, na tradição indígena) e o boi ressuscita. Pai Francisco e Mãe Catirina são perdoados e há uma grande comemoração. 

Personagens da festa:

Apresentador



A ópera do Boi tem um apresentador oficial, que comanda todo o espetáculo. O levantador de toadas faz a trilha sonora e dá um show de interpretação, transmitindo empolgação à sua galera (Festival (torcida).

Levantador de toadas



Todas as músicas que fazem a trilha sonora das apresentações são interpretadas pelo levantador de toadas. Trata-se de uma figura importante, já que a técnica, a força e a beleza de sua interpretação não só valem pontos como ajudam a trazer à tona a emoção dos brincantes. David Assayag e o mais reconhecido levantador do festival.

Amo do Boi 
O Amo do Boi, com seu jeito caboclo, exalta a originalidade e a tradição do nosso folclore, fazendo soar o berrante e tirando o verso em grande estilo. É a chamada do Boi, que vem para bailar. 
 
Sinhazinha da Fazenda



É a filha do dono da fazenda, que se apresenta na arena dando sal pro boi.
  
Figuras Típicas Regionais e Lendas Amazônicas
Fazem aflorar os sentimentos de amor e paixão. Alegorias gigantes se movimentam. Coreografias e fantasias originais, com luz teatral e fogos, dão um brilho especial ao espetáculo.

Porta Estandarte, Rainha do Folclore e Cunhã-Poranga



Dão um banho de charme, beleza e simpatia. E na sequência, o grande mito feminino do nosso folclore: Cunhã Poranga! A moça mais bela da tribo dá um show de magia, irradiando toda a sua beleza nativa, de olhar selvagem, com seu lindo corpo emoldurado de penas. Aparece aqui o elemento indígena, incorporado à festa do Boi no folclore amazônico. 

Tribos


Dezenas de Tribos Masculinas e Femininas, com suas cores vibrantes, compõem um cenário tribal delirante, de coreografias deslumbrantes. Os Tuxauas Luxo e Originalidade são um primor de beleza.

Ritual



No apogeu da apresentação, acontece o Ritual, uma dramatização teatral comovente, culminando sempre com a mágica e misteriosa intervenção do Pajé, o poderoso curandeiro e temido feiticeiro, que faz a dança da pajelança. É a grande apoteose da noite.

Galera



A galera (torcida) dá um show à parte. Enquanto um Boi se apresenta, sua galera participa com todo entusiasmo. Seu desempenho também é julgado. Do outro lado, a galera do contrário (adversário) não se manifesta, ficando no mais absoluto silêncio, num exemplo de cordialidade, respeito e civilidade.

Jurados

Os jurados são sorteados na véspera do Festival e todos vêm de outros estados. Pela proximidade, pessoas do norte são vetadas. O requisito é ser estudioso da arte, da cultura e do folclore brasileiro. Mais de 20 itens são julgados, à luz de um regulamento simples, claro e preciso.
Quem visita Parintins, fica encantado com a arte indígena, uma das temáticas da festa e com a culinária do local. O grande atrativo, porém, é o Festival Folclórico. É nessa época do ano que a população da cidade praticamente dobra.
Fonte: wikipedia

Componentes do festival

BOI GARANTIDO


Surgido a 13 de junho de 1913, o Boi Garantido apareceu nos sonhos do curumim Lindolfo Monteverde, que sempre sentava ao colo de sua avó maranhense para ouvir as lendas do boi de pano que dançava nas noites de São João. Inicialmente o menino de 11 anos, que brincava com a garotada de fé (turma de amigos) em seu quintal, confeccionou seu boi com curuatá, e batizou-o de "Garantido".
  
BOI CAPRICHOSO


Vindos de Crato, Ceará, os irmãos Cid chegaram à região à procura de trabalho, mulher e filhos, e fizeram uma promessa a São João Batista: se alcançassem essas graças, reverenciariam o santo com um boi de pano. E assim aconteceu.Certo dia, os três estavam frente à Praça 14 em Manaus, quando viram um Boi pertencente à família Antares, com o nome de Caprichoso. Caprichoso: (adj) que capricha; feito por capricho, excêntrico; variável; teimoso; obstinado - in Pequeno dicionário brasileiro da língua portuguesa. Com todos estes atributos, o trio fundou um Boi homônimo em Parintins. Surge então em 20/10/1913 o Boi Caprichoso de Parintins, na Travessa Sá Peixoto .


CURIOSIDADES:
A primeira edição do Festival Folclórico a ser transmitido ao vivo foi em 1994, pela Rede Amazônica de Televisão afiliada da Rede Globo. Este contrato vigorou até 1999, no ano seguinte a transmissão passou a TV A Crítica que ficou responsável pela mesma até 2007.

 Desde a edição de 2008, a Rede Bandeirantes transmite para todo o Brasil os três dias do evento em alta definição, um fato interessante é que durante a transmissão, o símbolo da emissora fica com a cor do boi que está se apresentando, azul na hora do Caprichoso e vermelho na hora do Garantido.

 Um torcedor jamais fala o nome do outro Boi, e usa apenas a palavra "contrário" quando quer se referir ao opositor. São proibidas vaias, palmas, gritos ou qualquer outra demonstração de expressão quando o "contrário" se apresenta. 

Fonte: www.pt.wikipedia.org

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