Quadrilha junina
Numa Festa Junina de verdade não pode faltar
a tradicional quadrilha de São João, dançada em homenagem ao santo. A origem da
quadrilha vem de uma dança francesa, realizada nos antigos palácios da nobreza.
No Brasil, ganhou uma versão caipira e bastante divertida, com um casal de
noivos puxando a dança.
A quadrilha é sempre comandada por um marcador, responsável
por ditar os passos e manter a animação, usando palavras afrancesadas e em
português ou caipirês. O comando mais usado da quadrilha é o Balancê, que
significa para todos balançarem o corpo no ritmo da música, marcando o passo,
sem sair do lugar.
Confira a seguir dicas para animar a sua quadrilha:
A DANÇA DA QUADRILHA: A quadrilha é dançada em homenagem aos
santos juninos ( Santo Antônio, São João e São Pedro ) e para agradecer as boas
colheitas na roça. Tal festejo é importante pois o homem do campo é muito
religioso, devoto e respeitoso a Deus. Dançar, comemorar e agradecer.Em quase
todo o Brasil, a quadrilha é dançada por um número par de casais e a quantidade
de participantes da dança é determinada pelo tamanho do espaço que se tem para
dançar. A quadrilha é comandada por um marcador, que orienta os casais, usando
palavras afrancesadas e portuguesas. Existem diversas marcações para uma quadrilha
e, a cada ano, vão surgindo novos comandos, baseados nos acontecimentos
nacionais e na criatividade dos grupos e marcadores.
Os comandos mais utilizados são:
01. Forma-se uma fileira de damas e outra de cavalheiros.
Uma, diante da outra, separadas por uma distância de 2,5m. Cada cavalheiro fica
exatamente em frente à sua dama. Começa a música. BALANCÊ é o primeiro comando.
02. CUMPRIMENTO ÀS DAMAS OU “CAVALHEIROS CUMPRIMENTAR DAMAS”
Os cavalheiros, balançando o corpo, caminham até as damas e
cada um cumprimenta a sua parceira, com mesura, quase se ajoelhando em frente a
ela.
03. CUMPRIMENTO AOS CAVALHEIROS OU “DAMAS CUMPRIMENTAR
CAVALHEIROS”
As damas, balançando o corpo, caminham até aos cavalheiros e
cada uma cumprimenta o seu parceiro, com mesura, levantando levemente a barra
da saia.
04. DAMAS E CAVALHEIROS TROCAR DE LADO
Os cavalheiros dirigem-se para o centro. As damas fazem o
mesmo.
Com os braços levantados, giram pela direita e dirigem-se ao
lado oposto. Os cavalheiros vão para o lugar antes ocupado pelas damas. E
vice-versa,
05. PRIMEIRAS MARCAS AO CENTRO
Antes do início da quadrilha, os pares são marcados pelo no.
1 ou 2. Ao comando “Primeiras marcas ao centro , apenas os
pares de vão ao centro, cumprimentam-se, voltam, os outros
fazem o “passo no lugar . Estando no centro, ao ouvir o marcador
pedir balanceio ou giro, executar com o par da fileira
oposta. Ouvindo “aos seus lugares , os pares de no. 1 voltam à posição
anterior. Ao comando de “Segundas marcas ao centro , os pares de no. 2 fazem o
mesmo.
06. GRANDE PASSEIO
As filas giram pela direita, se emendam em um grande
círculo. Cada cavalheiro dá a mão direita à sua parceira. Os casais passeiam em
um grande círculo, balançando os braços soltos para baixo, no ritmo da música.
07. TROCAR DE DAMA
Cavalheiros à frente, ao lado da dama seguinte. O comando é
repetido até que cada cavalheiro tenha passado por todas as damas e retornado
para a sua parceira.
08. TROCAR DE CAVALHEIRO
O mesmo procedimento. Cada dama vai passar portadas os
cavalheiros até ficar ao lado do seu parceiro.
09. O TÚNEL
Os casais, de mãos dados, vão andando em fila. Pára o casal
da frente, levanta os braços, voltados para dentro, formando um arco. O segundo
casal passa por baixo e levanta os braços em arco. O terceiro casal passa pelos
dois e faz o mesmo. O procedimento se repete até que todos tenham passado pela
ponte.
10. ANAVAN TUR
A doma e o cavalheiro dançam como no TUR. Após uma volta, a
dama passa a dançar com o cavalheiro da frente. O comando é repetido até que
cada dama tenha dançado com todos os cavalheiros e alcançado o seu parceiro.
11. CAMINHO DA ROÇA
Damas e cavalheiros formam uma só fila. Cada dama à frente
do seu parceiro. Seguem na caminhada, braços livres,balançando. Fazem o
BALANCË, andando sempre para a direita.
12. OLHA A COBRA
Damas e cavalheiros, que estavam andando para a direita,
voltam-se e caminham em sentido contrário, evitando o perigo.
Vários comandos são usados para este passo: “Olha a chuva ,
“Olha a inflação , Olha o assalto , “Olha o (cita-se o nome de um político
impopular na região). A fileira deve ir deslizando como uma cobra pelo chão.
13. É MENTIRA
Damas e cavalheiros voltam a caminhar para a direita. Já
passou o perigo. Era alarme falso.
14. CARACOL
Damas e cavalheiros estão em uma única fileira. Ao ouvir o
comando, o primeiro da fila começa a enrolar a fileira, como um caracol.
15. DESVIAR
É o palavra-chave para que o guia procure executar o
caracol, ao contrário, até todos estarem em linha reta.
16. A GRANDE RODA
A fila é único agora, saindo do caracol. Forma-se uma roda
que se movimenta, sempre de mãos dados, à direita e à esquerdo como for pedido.
Neste passo, temos evoluções. Ouvindo “Duas rodas, damas para o centro ; as
mulheres vão ao centro, dão as mãos.
Na marcação “Duas rodas, cavalheiros para dentro , acontece
o inverso, As rodas obedecem ao comando,movimentando para a direita ou para
esquerda. Se o pedido for “Damas à esquerda e “Cavalheiros à direita ou
vice-versa, uma roda se desloca em sentido contrário à outra, seguindo o
comando.
17. COROAR DAMAS
Volta-se à formação inicial das duas rodas, ficando as damos
ao centro. Os cavalheiros, de mãos dados, erguem os braços sobre as cabeças das
damas. Abaixam os braços, então, de mãos dados, enlaçando as damas pela
cintura. Nesta posição, se deslocam para o lado que o marcador pedir.
18. COROAR CAVALHEIROS
Os cavalheiros erguem os braços e, ao abaixar, soltam as
mãos. Passam a manter os braços balançando, junto ao corpo. São as damas agora,
que erguem os braços, de mãos dados, sobre a cabeça dos cavalheiros. Abaixam os
braços, com as mãos dados, enlaçando os cavalheiros pela cintura. Se deslocam
para o lado que o marcador pedir.
19. DUAS RODAS
As damas levantam os braços, abaixando em seguida. Continuam
de mãos dados, sem enlaçar os cavalheiros, mantendo a roda. A roda dos
cavalheiros é também mantida. São novamente duas rodas, movimentando, os duos,
no mesmo sentido ou não, segundo o comando. Até a contra-ordem!
20. REFORMAR A GRANDE RODA
Os cavalheiros caminham de costas, se colocando entre os
damas. Todos se dão as mãos. A roda gira para a direita ou para a esquerda,
segundo o comando.
21. DESPEDIDA
De um ponto escolhido da roda os pares se formam novamente,
Em fila, saem no GALOPE, acenando para o público. A quadrilha está terminada.
Nas Festas Juninas Mineiras, Paranaenses e Paulistas, após o encerramento da
quadrilha, os músicos continuam tocando e o espaço é liberado para os casais
que queiram dançar.
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