A morte é sombra, egoísmo, desalento e inércia.
Analisa as forças vivas que te rodeiam e observarás a
Natureza desfazer-se em cânticos de trabalho e de amor, assegurando-te
bem-estar.
É a árvore a crescer na produção intensiva, o manancial em
atividade constante para garantir-te a existência, a atmosfera a refazer sem
cessar os elementos com que te preserva a saúde e o equilíbrio...
Mas não longe de ti podes ver igualmente a morte no poço
estagnado em que as águas se corrompem, na enxada inútil que a ferrugem devora,
no fruto desaproveitado que a corrupção desagrega...
Depende de ti acordar e viver, valorizando o tempo que o
Senhor te confere, estendendo o dom de ajudar e aprender, amar e servir.
Muitos nascem e renascem no corpo físico, transitando da
infância para a velhice e do túmulo para o berço, à maneira de almas
cadaverizadas no egoísmo e na rebelião, na ociosidade ou na delinquência, a que
irrefletidamente se acolhem.
Absorvem os recursos da Terra sem retribuição, recebem sem
dar, exigem concurso alheio sem qualquer impulso de cooperação em favor dos
outros e vampirizam as forças que encontram, quais sorvedouros que tudo
consomem sem qualquer proveito para o mundo que os agasalha.
Semelhantes companheiros são realmente os mortos dignos de
socorro e de piedade, porquanto, à distância da luz que lhes cabe inflamar em
si próprios, preferem o mergulho na inutilidade, acomodando-se com as trevas.
Lembra-te dos talentos com que Deus te enobrece o sentimento
e o raciocínio, o cérebro e o coração e, fazendo verter a glória do bem,
através de teu verbo e de tuas mãos, desperta e vive, para que, das
experiências fragmentárias do aprendizado humano, possas, um dia, alçar vão
firme em direção à Vida Eterna.
Chico Xavier
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