Membro da Juventude Comunista, fazia peças de teatro no sertão pernambucano com outros jovens do partido nas quais difundiam as ideias do pedagogo Paulo Freire. Sua estreia profissional aconteceu com o espetáculo “Julgamento em Novo Sol” (1962).
Em 1963, José Wilker mudou-se para o Rio de Janeiro, onde estudou interpretação com o cineasta sueco Arne Sucksdorff. Dois anos depois ele trabalhou em seu primeiro filme fazendo uma ponta em “A Falecida” (1965), também o primeiro longa de Fernanda Montenegro.
Em 1967, se sentiu cansado do teatro e começou a estudar sociologia. Porém, abandonou o curso da Pontifícia Universidade Católica e voltou a dedicar-se à dramaturgia. Iniciou então sua história de apresentações marcantes com a peça “O Arquiteto e o Imperador da Assíria” (1970), que lhe rendeu seu primeiro Prêmio Molière de Melhor Ator.
No ano seguinte, Wilker estreou na Rede Globo no programa “Caso Especial”. A partir daí foram dezenas de trabalhos na emissora, tanto como ator quanto como diretor. Só novelas foram 29.
Em 1972, Wilker pediu demissão da Globo após o diretor da novela em que trabalhava, “O Bofe”, ser substituído devido à baixa audiência. Seu personagem morreu com um ataque de riso, mas um ano depois lá estava o ator novamente fazendo “Cavalo de Aço”.
Após atuar e dirigir a novela “Transas e Caretas” (1985), o ator encarnou o personagem que mais marcou sua carreira na TV: Roque Santeiro, na novela de mesmo nome. Sátira política com crítica religiosa, o folhetim bateu recordes de audiência.
Na esteira do sucesso de “Roque Santeiro”, José Wilker foi para a Manchete, onde atuou e dirigiu duas novelas na sequência, e voltou para a Globo. Na emissora carioca, o ator também dirigiu o humorístico "Sai de Baixo" desde a sua estreia, em 1996.
Em 2002, viveu o seu primeiro personagem homossexual na televisão em “Desejos de mulher”. Quatro anos depois, Wilker deu vida ao presidente Juscelino Kubitschek na minissérie “JK”.
No cinema, o ator conheceu o sucesso ao interpretar Vadinho em “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976). O filme manteve o troféu de maior bilheteria do cinema nacional até 2010, quando perdeu o posto para “Tropa de Elite 2”.
Entre os 49 longas em que atuou, o ator participou de filmes marcantes como “Xica da Silva” (1976), “Bye Bye Brasil” (1979), “O homem da capa preta” (1986) e “Guerra de Canudos” (1997).
Amante do sétima arte, tem milhares de filmes em casa. Desde 1995, apresenta o quadro “Papos de cinema” no programa “Cineview”, do Telecine Premium, onde também comenta a cerimônia de entrega do Oscar.
O incansável José Wilker também já trabalhou como presidente da Riofilme, da Prefeitura do Rio, e como colunista de cinema. Como se não fosse o suficiente, em 2010 se lançou como autor com “Este Não é um Livro Sobre Cinema”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fico muito feliz com os comentários no BLOG DA COLUNISTA . Tanto aqueles que nos incentivam quanto aqueles que nos criticam construtivamente. Mas por favor, quando emitir sua opinião procure sempre se identificar assumindo o que relata. AGRADECIDA!