A DEPRESSÃO É UMA SINTOMA DA DESCONEXÃO COM A ESSÊNCIA
É de fato, a depressão, talvez um dos grandes males deste
século. A depressão é um sintoma da desconexão com a essência. Desconexão com o
potencial da alma.
Outro sintoma que pode caminhar junto com a depressão é a
ansiedade, vergonha, insegurança, pânico. Esses são alguns dos sintomas
visíveis que a gente pode mensurar.
São sintomas relacionados com o distanciamento do propósito,
da razão de estar aqui. Em algum momento a entidade humana em evolução acabou
tendo que usar uma máscara, tendo que fingir ser o que ela não é e acabou
acreditando naquilo que ela criou para poder viver. Em alguns casos, criou uma
cisão com a essência. Rompeu. Às vezes a cisão é tão grande que a pessoa não
tem nem mesmo uma referência de quem ela é, de quem habita este corpo e do que
ela veio fazer aqui.
Esse rompimento começa a ter desdobramentos. Um dos
desdobramentos é alteração da química cerebral. Em alguns casos a pessoa
precisa de ser medicada, precisa de acompanhamento médico para conseguir não se
perder de vez. Aí, quem sabe, ela tem um respiro para continuar o processo de
autoconhecimento, o processo de busca e poder encontrar o que ela perdeu em
algum momento.
A depressão, quanto mais profunda, significa que a pessoa se
perdeu, ou melhor, perdeu ela, perdeu a essência em algum lugar.
Consequentemente não consegue colocar os dons e os talentos a serviço do
Supremo, a serviço do amor maior.
É só quando você consegue colocar os dons e os talentos a
serviço do Supremo, do amor maior, é que você se liberta da angustia, da
solidão, do isolamento. Dons e talentos estão intimamente relacionados com o
propósito da alma.
Ela veio aqui para fazer algo. Se por alguma razão ela não
consegue fazer o que ela tem para fazer, ela entra em depressão. O que impede
ela de fazer o que ela tem que fazer? Choques de humilhação, de abandono, de
rejeição, trauma que faz com que em algum momento a pessoa precise uma máscara
para se proteger e perde contato com a essência dela.
Precisa de ajuda para se encontrar. Normalmente a pessoa que
está muito deprimida, precisa de ajuda de um terapeuta, de um médico. E chega
um estágio que nem o médico e nem o terapeuta podem ajudar mais.
Talvez só pela religião no caminho do coração em busca do propósito maior da vida!
Segundo Dr Drauzio Varela:
São Sintomas do deprimido:
Além do estado deprimido (sentir-se deprimido a maior parte
do tempo, quase todos os dias) e da anedonia (interesse e prazer diminuídos
para realizar a maioria das atividades) são sintomas da depressão:
1) alteração de peso (perda ou ganho de peso não intencional);
2) distúrbio de sono (insônia ou sonolência excessiva praticamente diárias);
3) problemas
psicomotores (agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias);
4) fadiga
ou perda de energia constante;
5) culpa excessiva (sentimento permanente de culpa
e inutilidade);
6) dificuldade de concentração (habilidade diminuída para
pensar ou concentrar-se);
7) ideias suicidas (pensamentos recorrentes de
suicídio ou morte);
8) baixa autoestima,
9) alteração da libido.
Muitas vezes, no início, os sinais da enfermidade podem não
ser reconhecidos. No entanto, nunca devem ser desconsideradas possíveis
referências a ideias suicidas ou de autodestruição.
E para tal faz as seguintes recomendações:
* Depressão é uma
doença como qualquer outra. Não é sinal de loucura, nem de preguiça nem de
irresponsabilidade. Se você anda desanimado, tristonho, e acha que a vida
perdeu a graça, procure assistência médica. O diagnóstico precoce é o melhor
caminho para colocar a vida nos eixos outra vez;
* Depressão pode
ocorrer em qualquer fase da vida: na infância, adolescência, maturidade e
velhice. Os sintomas podem variar conforme o caso. Nas crianças, muitas vezes
são erroneamente atribuídos a características da personalidade e nos idosos, ao
desgaste próprio dos anos vividos;
* A família dos
portadores de depressão precisa manter-se informada sobre a doença, suas
características, sintomas e riscos. É
importante que ela ofereça um ponto de referência para certos padrões, como a
importância da alimentação equilibrada, da higiene pessoal e da necessidade e
importância de interagir com outras pessoas. Afinal, trancafiar-se num quarto
às escuras, sem fazer nada nem falar com ninguém,está longe de ser um bom
caminho para superar a crise depressiva.