Superando
a Glossofobia (medo de falar em público)
Também
conhecido como glossofobia, o desconforto ao se apresentar para uma plateia
pode ser trabalhado em terapia. Mas algumas atitudes práticas ajudam a
contorná-lo. ACHEI AQUI
A
palavra glossofobia, pouco conhecida, mas que retrata um dos maiores temores
dos profissionais da atualidade, vem do grego glossa (língua) e fobia (medo), é
o medo falar em público, que conhecemos
como timidez. Muitas vezes a simples idéia de fazer uma apresentação em
público, traz uma intensa ansiedade e se manifesta na comunicação verbal e não
verbal, provocando aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial,
dilatando as pupilas, causando rigidez no pescoço e nas costas, provocando
sudorese, secura na boca. A voz pode ficar tensa e tremula, expandem-se as
vogais alongadas, gagueiras e o famoso “branco”.
Aprender
a superar a timidez
e construção confiança através do desenvolvimento de uma combinação de técnicas de auto-conhecimento voltadas a comunicação
em público, possibilita ao profissional moderno persuadir multidões, vender
projetos, negociar de forma mais vantajosa e principalmente a liderar.
Objetivos:
Conhecer maneiras de superar a timidez
Aumentar
a confiança
Reduzir
a ansiedade
Auto-conhecimento
Algumas dicas na prática
- Às vésperas de uma
apresentação em público, algumas atitudes práticas podem ajudar. Alguns dias
antes, experimente gravar o seu discurso e ouvi-lo depois. Isso ajuda a
identificar quais entonações podem ser melhoradas, e como passar a mensagem de
maneira clara. “Ao ouvirmos uma gravação estamos ouvindo como realmente soa a
nossa voz, já que ao falarmos o som chega aos nossos ouvidos alterado pela
ressonância da caixa craniana
- fazer uma visita prévia ao local. Assim o
orador, além de se familiarizar com o espaço, também presta atenção em
possíveis obstáculos que podem atrapalhar na hora do discurso, como degraus e
fios soltos.
- Falar
na frente de um espelho é eficiente para memorizar o discurso. No entanto, não
é tão eficaz para o treinamento da fala. “O verdadeiro medo é estar diante do
outro e ser observado. Falar na frente do espelho não passa a verdadeira
sensação de estar em pé, falando para um grupo”,
- Na
hora da apresentação, todos os especialistas recomendam: comece respirando de
maneira correta, levando o ar para a barriga. “Quando ficamos ansiosos, a
psique associa o momento a uma situação de perigo e a respiração fica curta. É
preciso controlar essa afobação”,
- È importante mostrar determinação e confiança ao
entrar no palco - mesmo que você não se sinta nem um pouco confiante. “Uma
entrada mais agressiva cria confiança no orador”,
- Uma
boa técnica é falar segurando algo: pode ser um botão, ou um clipe de papel
dentro do bolso. Esse gesto dá mais segurança, pois funciona como uma espécie
de apoio em um território desconhecido. “Como o medo é causado por insegurança,
existe em nós certo alívio quando podemos segurar em alguma coisa”,
- Para
lutar contra a perda de memória, o famoso ‘branco’, o escritor dá duas dicas. A
primeira é relaxar e manter na mente que, de todas as pessoas que estão
ouvindo, provavelmente uma só conheça o discurso. Logo, ninguém vai saber se o
apresentador errou ou não.
ANOTE as palavras-chave do discurso em algum lugar. Não há problema
em ler durante a apresentação; só não se esqueça de escrever como deve ser
dito. Faça suas anotações em uma apresentação de Power Point ou em pequenos
cartões de fácil manuseio. “Nunca se deve usar uma folha inteira de papel, pois
o tremor das mãos é amplificado e percebido pelo balançar da folha, e mesmo ao
segurar os cartões o melhor é fazê-lo com as duas mãos para evitar este
efeito”, indica Mário Persona.
Caso
se sinta muito exposto, a psicóloga Sueli ensina uma estratégia interessante:
crie um personagem e se apresente como ele. Essa criação de uma nova identidade
atenua a sensação de exposição. É como atuar: não é você que está ali e sim
alguém mais seguro ou falante.
Um
bom orador é aquele que tem presença de palco e abordagem natural do tema. Para
fugir do artificialismo na hora da fala, comece contando algum fato ou história
trivial. Esse artifício ajuda na hora de iniciar a fala sobre o tema de maneira
segura e fluída.
Encare
os participantes apenas se sentir segurança para tal. Olhar nos olhos dos
ouvintes e depois desviar olhando para baixo transparece insegurança, fazendo
com que a credibilidade do que está sendo dito seja questionada. Caso não se
sinta apto a fazer isso, imagine que existe uma fileira após a última linha de
ouvintes e fale olhando para lá.
A
energia que você passa para a plateia é fundamental, assim como a que recebe de
volta. Desvie dos olhares negativos e procure encontrar nos ouvintes aqueles
que parecem mais felizes e concordam com o que está sendo dito. “Falar em
público é uma atividade que depende não só de quem fala, mas também de quem
ouve. Existe uma simbiose entre ambos”
Ainda
assim, a prática e autocontrole são primordiais na hora da ação. Ponha à prova o que aprendeu com sua terapia Se de repente, passou pelo famoso ‘branco’.
“faça pausa, beba um copo de água e respire fundo. A linha
de raciocínio volta e pode continuar. Não é que o seu medo some, mas terá que
aprender a se preparar apesar dele”,